Miranha

21 de set. de 2025 | 13:00

Cinema

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Sessão com exibição de trechos do filme inédito Miranha, em atual produção, que investiga o sequestro no século 19 pelos cientistas alemães Spix e Martius de uma jovem indígena miranha, oferecida como “presente” à princesa da Bavária. Em paralelo, revela o contraste entre os modos dos dois cientistas alemães e uma artista indígena nos dias atuais se relacionarem com uma mesma etnia na Amazônia. Dirigido pela diretora, roteirista e atriz indígena, Zahỳ Tentehar, em parceria com o diretor Luiz Bolognesi, o filme foi rodado na floresta amazônica e dá visibilidade à violência da ciência colonial.

→ Roda de Conversa com Luiz Bolognesi e Zahy Tentehar, mediada por Maria Clara Parente | Duração do filme: 18 minutos

FICHA TÉCNICA

Produzido por Gabriel Uchida, Bianca Comparato, Yana Chang, Luiz Bolognesi e Laís Bodanzky.

Roteiro - Luiz Bolognesi, Renata Tupinambá, Ricardo Farias e Zahỳ Tentehar.

Produção Executiva - Laura Riolfi Barzotto.

Direção de Fotografia - Dado Carlin.

Som Direto - Gabriel Uchida, Dado Carlin, Luiz Bolognesi e Zahỳ Tentehar.

Montagem - Ricardo Farias

Desenho de Som - Ricardo Farias.

Mixagem - João Victor dos Santos.

Trilha Sonora Original - Talita Del Collado.

Convidados

Maria Clara Parente

Maria Clara Parente é diretora, roteirista e fundadora da Simbiótica Filmes e do projeto Regenerar. Desde 2016, desenvolve um trabalho autoral voltado para regeneração, feminismo e decolonialidade. Dirigiu o longa Regenerar: Caminhos Possíveis em um Planeta Machucado (2022), que estreou no Festival do Rio e foi premiado em festivais no Brasil e no exterior. Também criou e apresentou as séries WebColaborativa (selecionada no Melbourne Web Fest), Comendo Lixo (indicação de Melhor Apresentadora no Rio Web Fest) e What is Emerging (premiada no Rio Web Fest). É autora dos livros de poesia Nas Frestas das Fendas (2020), Empurrar o Chão (2022) e Flutuações e Quedas (2024), e mestra em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio, onde pesquisa fabulações não antropocêntricas inspiradas em Donna Haraway. Atualmente desenvolve o longa Times are Urgent: Let us Slow Down, sobre o filósofo nigeriano Bayo Akomolafe, em co-produção com a Spanda Produtora.

Luiz Bolognesi

Seu filme A Última Floresta venceu a sessão Panorama no Festival de Berlim (2021). O anterior, Ex-Pajé, ganhou menção honrosa no Festival de Berlim (2018). Seu filme de animação “Uma história de amor e fúria” venceu o Festival de Annecy (2013). Escreveu e dirigiu as séries “Guerras do Brasil.Doc” (Netflix, 2019) e “Funk.Doc” (HBO Max, 2022). Como roteirista, escreveu os roteiros de filmes premiados como “Bicho de Sete Cabeças” (2001), “Terra Vermelha” (2009), “Como nossos pais” (2017), “Bingo” (2017), “Elis” (2019) e trabalhou na criação da série “Senna”(2024) para a Netflix.

Zahỳ Tentehar

É a primeira indígena a vencer o Prêmio Shell de Teatro na categoria de Melhor Atriz, pelo espetáculo Azira’i. Nascida na Aldeia Colônia, no território indígena Cana Brava, no Maranhão, chegou ao Rio de Janeiro aos 19 anos para tentar a sorte, buscando acolhimento na Aldeia Maracanã. Zahỳ é a caçula de 33 irmãos e filha de uma figura histórica: sua mãe foi a primeira pajé mulher da reserva indígena de Cana Brava. Autodidata e multidisciplinar, Zahỳ entrelaça diferentes linguagens artísticas e culturais em seus trabalhos, transitando pelo cinema, teatro, streaming e artes visuais. Em suas criações, questiona o comportamento humano e suas intervenções socioculturais na atualidade. Entre seus principais trabalhos estão a minissérie Dois Irmãos (2017), o filme Não Devore Meu Coração (2017) e o documentário Uýra: A Retomada da Floresta (2022).